Do Turismo Negro ao Turismo Cemiterial

Curso

Em Lisboa

75 €

Descrição

  • Tipologia

    Curso

  • Nível

    Intermediário

  • Local

    Lisboa

  • Horário de aulas

    7h

  • Duração

    Flexível

Participe nesta formação e saiba mais sobre o Turismo Negro e o Turismo Cemiterial, nichos turísticos em franco crescimento e que valorizam o património ligado à morte e ao sofrimento ou, numa perspectiva mais lúdica, ao macabro, bizarro, misterioso ou assombrado!!!

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A ter em conta

O turismo, quer internacionalmente, quer no que respeita a Portugal, continua a alargar-se cada vez mais no seu âmbito. Aquilo que eram nichos claramente residuais há alguns anos, são hoje vertentes turísticas em crescimento mais acelerado que o do próprio turismo à escala mundial. Entre estes nichos, destacam-se o Turismo Negro e o Turismo Cemiterial.
Actualmente, é frequente encontrarmos cidades com oferta de diferentes produtos turísticos em que se apela ao macabro, ao bizarro, ao misterioso ou ao assombrado. Além disso, monumentos e sítios ligados a conhecidos eventos sangrentos ou traumatizantes passaram a ter um público cada vez mais abrangente. Há cemitérios destacados nos itinerários urbanos de cidades que, durante décadas, viveram sobretudo de outros produtos turísticos. Localidades existem em que o cemitério tornou-se já o seu principal activo turístico.
Embora possam ser catalogados como sub-produtos do turismo cultural, o Turismo Negro e o Turismo Cemiterial não só não são uma mesma coisa, como assumem características muito próprias, às quais as entidades detentoras dos respectivos monumentos e sítios, e os próprios operadores turísticos, têm tentado adaptar-se. Porém, há ainda muito por fazer e um potencial enorme por aproveitar.
Nesta formação - a primeira do género em Portugal e uma das primeiras no mundo - dois reconhecidos especialistas abordam o Turismo Negro e o Turismo Cemiterial numa perspectiva teórico-prática.

Estudantes e investigadores na área do turismo, operadores e guias turísticos em geral, responsáveis por cemitérios históricos, responsáveis por valores patrimoniais e/ou atracções turísticas com ligações à morte e ao sofrimento, e todos os interessados no tema.

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Programa

PROGRAMA:

01. Turismo Negro - especificidades e atracções (nacionais e internacionais):
  • O Turismo Negro abarca uma grande variedade de atracções que podem não ter mais em comum senão a ligação a morte e a sofrimento: cemitérios, sepulturas e mausoléus, campos de batalha, percursos temáticos, casas de terror, museus e exposições, entre outros. Assim, não é um tipo de turismo típico, designado pelas características da atracção e pela motivação do visitante. Muitas atracções não usam a sua ligação a morte e a sofrimento como elemento de atracção nos esforços de marketing, ou até procuram negá-la, e a maior parte dos estudos de motivação em Turismo Negro aponta o desejo de contacto ou o interesse na morte e no sofrimento como residuais. Ao mesmo tempo, há locais comuns que se tornam atracções de Turismo Negro simplesmente pela acção dos media, que os torna extraordinários no olhar do turista. Não obstante, a procura e a oferta de atracções turísticas com ligação a morte a sofrimento estão em crescimento, pese embora o fenómeno do Turismo Negro permanecer pouco estudado, com publicações dispersas que tendem a não o abordar na sua complexidade. Tendo por base a definição de Turismo Negro como “a actividade turística em locais com ligações a morte e a sofrimento concretas e identificáveis e que, acidental ou intencionalmente, são alvo de actividade turística”, considera-se que se trata de um termo “guarda chuva” que abarca a prática turística em locais muito distintos que pouco mais terão em comum do que a ligação a morte e a sofrimento.
02. Turismo Negro - papel social, questões éticas e políticas:
  • A sociedade contemporânea afastou o contacto directo com a morte das vivências quotidianas, remetendo-o para lugares e circunstâncias excecionais – como instituições médicas e funerárias. Ao mesmo tempo, verificou-se a desvalorização da religião e dos mecanismos tradicionais para lidar com a morte, face ao multiculturalismo, às diásporas e mesmo à emergência da ciência, que não obstante, não consegue criar novas verdades que substituam as religiosas. Desta forma, a morte perdeu muito do seu significado público, estando agora na esfera individual, sendo cada indivíduo, sozinho, obrigado a criar os seus próprios mecanismos para lidar com a morte e o sofrimento. Na sociedade ocidental contemporânea, o turismo é um meio privilegiado através do qual os indivíduos podem contactar com a morte e com o sofrimento de uma forma que não ameaça a sua segurança ontológica. Por outras palavras, o contacto com morte e sofrimento através do turismo – do Turismo Negro, portanto – não causa aos indivíduos a sensação de que aquilo que são, na sua totalidade, é de alguma forma posto em causa. Pelo contrário, o Turismo Negro oferece um ambiente seguro, e por vezes socialmente sancionado, onde os indivíduos podem construir os seus conceitos de mortalidade. Além dos problemas de gestão, marketing, etc., comuns à maioria das atracções turísticas, as atracções de Turismo Negro têm associadas importantes questões de origem ética: como conciliar os direitos daqueles cuja morte ou sofrimento estão na base da atracção turística com a própria actividade turística (comercial)? Algumas atracções de Turismo Negro estão relacionadas com regimes políticos ou acontecimentos específicos inseridos em contextos de herança dissonante, o que condiciona a interpretação turística.
03. Turismo Cemiterial - origem, evolução e situação actual (nacional e internacional):
  • Quando começaram os cemitérios a ser destinos turísticos e porquê.
  • Cemitério histórico = lugar de deposição de restos mortais + espaço de visita e passeio + lugar musealizado ou musealizável (no todo ou em parte).
  • Como se processou a evolução do turismo cemiterial até à actualidade.
  • Qual o ponto da situação do Turismo Cemiterial no mundo (o que tem sido feito nos últimos anos, onde, e quais as propostas mais inovadoras).
04. Turismo Cemiterial - sítios portugueses com maior potencial e público-alvo.

05. Turismo Cemiterial - análise SWOT:
  • Vantagens e desvantagens, possibilidades e riscos.
06. Turismo Cemiterial - aspectos a ter em conta no planeamento e realização de visitas guiadas.

07. Turismo Cemiterial - a prática:
  • Visita guiada ao Cemitério do Alto de S. João, com notas sobre como deve ser conduzida uma visita (esta parte prática no exterior dependerá das condições meteorológicas).

Do Turismo Negro ao Turismo Cemiterial

75 €